
Inspirada em fato real, a cena que iria ao ar na segunda-feira (12), foi substituída por um atropelamento mal-explicado, que deixou a garota, Lilica (Thainá Duarte), com um corte na testa. Segundo uma fonte, executivos ficaram temerosos de a sequência parecer uma provocação gratuita aos evangélicos justamente em um momento em que a emissora tem tido dificuldades para vencer uma novela bíblica, “Os Dez Mandamentos” da Record, e sofre rejeição de temáticas mais ousadas em suas novelas das nove.
A Globo, por meio de assessoria de imprensa, preferiu entrar em detalhes sobre o motivo pelo qual a sequência não foi exibida. “A trama dos personagens se desenrola atendendo a decisões dramatúrgicas e artísticas”, respondeu o setor de comunicação.
No roteiro do capítulo original entregue aos atores, Lilica e sua mãe, Deodora (Dani Ornellas), apareciam voltando do centro de umbanda, na favela de Paraisópolis, onde a garota passaria por um ritual de iniciação e seriam abordadas pelos radicais. “Sua macumbeira! Não tem vergonha, não? Vai pro terreiro fazer despacho e ainda leva a filha!”, gritaria um deles. “Nós vamos fazer justiça, em nome de Jesus!”, diria outro, antes de arremessar a pedra. No final da cena, os agressores seriam expulsos por Eva (Soraya Ravenle), que também é evangélica.